Relíquias Brasileiras

Duas espadas célebres

Selecta12 de 1929

Entre as armas que pertenceram a grandes vultos militares do Reinado de D. Pedro I, possui o Museu Histórico duas dignas de particular mensão: o sabre de honra do Visconde de Magé e o sabre de guerra do Conde Das Duas Barras.

O primeiro é uma arma lindamente trabalhada. Bainha de bronze doirada com cinzeladuras bordados de folhas e bolotas de carvalho symbolo da força de distintivo dos officiais generais português conservados no exército brasileiro até os nossos dias. Nos copos de broze cinzelados à mão, a coroa Imperial brasileira entre ramagens. O punho de prata filigranada finamente termina por uma carranca de leão em broze cuje a boca morde a guarda.

José Joaquim de Lima e Silva foi um dos heróis da luta pela independência na Bahia em 1923. E as guarmições da bainha do seu sabre de gala reproduzem os mesmos motivos symbólico das medalhas que commemoram a patriótica restauração daquella pronvincia real e nobre o glandio cruzado com o rabo de louro. O rabo de gallo do Conde das Duas Barras é mais simples, porém não menos bello. Typo dos sabres de cavallaria ligeira do começo do século XIX. Punho de marfim e guarda de bronze trabalhado. Bainha de metal dourado. Lâmina de Toledo nigellada com inerustações de oiro.

Joaquim Xavier Curado conde das Duas Barras, general de D. João VI e de D. Pedro I, foi dos nossos guerreiros um dos que mais vezes bateram os castelheanos do sul. Heróe da campanha de 1816 a 1820 no Uruguayo, jamais vencido, bate os uruguayos de Artigas onde quer que os topou na sua frente. E foi assim, um dos conquistadores da antiga Cisplatina.

Essas duas armas preciosas relembram duas grandes phrases de nosso passado: a independência e a expansão meridional. São duas armas que enchem de orgulho os que amam a nossa História.

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Este artigo foi escrito 100 anos depois do artigo do jornalista “Escragolle Doria”, O Conde de São João das Duas Barras, Apresentaremos breve.